terça-feira, 27 de julho de 2010

1993 - Dia do Massacre da Candelária


A chacina da Candelária, como ficou registrada pela mídia, ocorreu na madrugada do dia 23 de julho de 1993 próximo às dependências da Igreja de mesmo nome localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro. Nesta chacina, seis menores e dois maiores sem-tetos foram assassinados por policiais militares.
Origem da chacina


Muito se especulou sobre os reais motivos da chacina, mas até hoje não se sabe por certo o que levou à realização da mesma. Duas das hipóteses mais aceitas afirmam que a chacina foi realizada por vingança. Uma dessas teses afirma que o motivo de vingança dos policiais seria o fato de que na manhã do dia 22 de julho de 1993 um grupo de menores de rua estaria atirando pedras em viaturas da polícia militar. A outra hipótese diz que o motivo da vingança seria o fato de uma das crianças ter assaltado a mãe de um policial. A hipótese mais aceita afirma que os policiais fariam parte de um grupo de extermínio e que foram contratados para realizar a "limpeza" do centro histórico do Rio de Janeiro.

A chacina




Exterior da Igreja da Candelária, local da chacina.Na madrugada do dia 23 de julho de 1993, aproximadamente à meia-noite, vários carros pararam em frente à Igreja da Candelária. Logo após, os policiais abriram fogo contra mais de setenta crianças e adolescentes que estavam dormindo nas proximidades da Igreja. Como resultado da chacina, seis menores e dois maiores morreram e várias crianças e adolescentes ficaram feridos. Um dos sobreviventes da chacina, Sandro Barbosa do Nascimento, mais tarde voltou aos noticiários quando se tornou o responsável pelo sequestro do ônibus 174.

Lista de mortos


Os nomes dos oito mortos no episódio encontram-se inscritos em uma cruz de madeira, erguida no jardim de frente da Igreja:



Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos

Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos

Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos

Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos

"Gambazinho", 17 anos

Leandro Santos da Conceição, 17 anos

Paulo José da Silva, 18 anos

Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos
 
Investigação e condenados


A investigação pelos culpados, levou até Wagner dos Santos um dos adolescentes feridos na chacina. Santos sofreria um segundo atentado em 12 de setembro de 1994 na Estação Central do Brasil, o que lhe colocou no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas. Seu testemunho foi fundamental no reconhecimento dos envolvidos. Inicialmente foram indiciadas quatro pessoas pela chacina: o ex-Policial Militar Marcus Vinícios Emmanuel, os Policiais Militares Cláudio dos Santos e Marcelo Cortes e o serralheiro Jurandir Gomes França. Os condenados foram:



Marcus Vinícios Emmanuel, ex-Policial Militar – foi condenado a 309 anos de prisão em primeira instância. Recorreu a sentença e, num segundo julgamento, foi condenado a 89 anos. Insatisfeito com o resultado, o Ministério Público pediu um novo julgamento e, em fevereiro de 2003, Emmanuel foi condenado a 300 anos de prisão.

Nélson Oliveira dos Santos – foi condenado a 243 anos de prisão pelas mortes da chacina e a 18 anos por tentativa de assassinato de Santos. Recorreu a sentença, sendo absolvido pelas mortes em um segundo julgamento, mesmo após ter confessado o crime. O Ministério Público recorreu e, no ano de 2000, Nélson foi condenando a 27 anos de prisão pelas mortes e foi mantida a condenação por tentativa de assassinato, somando uma pena de 45 anos.

Marco Aurélio Alcântara Dias – foi condenado a 204 anos de prisão, além de matar as crianças estuprou um adolescente.
 
Não-condenados

Envolvidos na chacina que não foram condenados:



Arlindo Lisboa Afonso Júnior – condenado a dois anos por ter em seu poder uma das armas usadas no crime.

Carlos Jorge Liaffa – não foi indiciado, mesmo tendo sido reconhecido por um sobrevivente e a perícia ter comprovado que uma das cápsulas que atingiu uma das vítimas foi disparada pela arma de seu padrasto.

sábado, 24 de julho de 2010

PL do Senado propõe maior participação de estudantes e pais nas escolas

Projeto de Lei do senador Paulo Paim (PT) pretende alterar a LDB da Educação Nacional para reforçar a cultura de paz nas escolas por meio da gestão democrática.

Sob o número 7157/2010, a alteração do PL institui a administração participativa para pais e estudantes, que poderão e deverão fazer parte da elaboração dos projetos pedagógicos e da criação de vínculos comunitários entre escolas e a comunidade do entorno. Segundo o texto, a ideia é estabelecer uma relação da população com o ensino que seja baseada no “respeito à liberdade, apreço à tolerância e superação de todas as formas de violência”.
A proposta prevê ainda que um terço da carga horária dos professores seja reservado a estudos e integração com a comunidade escolar local, além da presença de um profissional responsável pela segurança e das relações pacíficas nos espaços educativos. Outra alteração é a presença de reuniões de conselho no calendário letivo para debater questões ligadas não só à Educação, mas também à Saude, Segurança, Cultura, Esportes e Ação Social da comunidade.
O PL foi encaminhado às Comissões de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, Constituição e Justiça e de Cidadania para ser analisado e terá como relator o deputado Lira Maia (DEM-PA).

Com informações da Agência Câmara.

domingo, 18 de julho de 2010

Venda do Anglo para a Abril escancara viés mercadológico na Educação

A famosa rede de ensino particular Anglo, que abrange cursos de educação básica e pré-vestibular, foi adquirida na última segunda-feira pelo Grupo Abril. Único sistema de ensino que ainda era controlado pelos descendentes dos fundadores, a venda do Anglo traz à tona uma problemática muito mais profunda que a simples troca administrativa. Trata-se, primordialmente, do escancaramento do viés mercadológico na Educação que a empresa dos Civita sempre defendeu em suas publicações e que agora pode ser colocada em prática.

Ainda que os atuais administradores tenham permanecido no comando das operações, a Abril será detentora de fato das unidades físicas da rede e das parcerias junto a inúmeras escolas atendidas pela metodologia e pelas apostilas do Anglo em todo o Brasil. Dessa maneira, o grupo passa a concentrar um forte conglomerado no ramo da educação privada, já que irá agregar a nova aquisição à rede SER e às editoras de livros pedagógicos Ática e Scipione.
Apesar de divulgar em nota oficial que "a transação reforça o compromisso da empresa com a melhoria da qualidade de ensino e seu comprometimento na área de educação", a Abril está de olho nos lucros e no grau de influência político-social oriundos da transação. São estimados R$500 milhões de faturamento para 2010 com a criação desse conglomerado, isso sem contar os mais de 200 mil alunos que terão sua formação baseada em materiais desenvolvidos pelo mesmo grupo que publica a revista Veja. Ainda segundo os Civita, a intenção é de alcançar a “liderança no mercado”.
Nota-se, pelos termos empregados no processo de compra, que os projetos pedagógicos e o tratamento da Educação como instrumento de inclusão social ficaram em segundo plano nesse e em diversos outros empreendimentos semelhantes do ensino particular no país. Reforçam essa percepção os resultados de um estudo da Consultoria Hoper, que prevê movimentação de R$2,5 bilhões para os próximos dois anos em aquisições e fusões. Números atraentes para investidores de todo o mundo, incentivadores da fórmula de obtenção de ganhos em larga escala e que marginalizam as fortes demandas dos estudantes por políticas públicas no setor.



Com informações de O Estado de S.Paulo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A juventude, enfim, é parte da Constituição Brasileira!

A juventude, enfim, é parte da Constituição Brasileira!

O dia 07 de julho marca uma nova página na história brasileira. Se há 22 anos os jovens deste país conquistaram o voto aos 16 anos, nessa data a juventude brasileira se inseriu como sujeito de direitos na Constituição da República Federativa do Brasil.
A aprovação da PEC 42/2008 no Senado Federal em duas votações unânimes ilustra a envergadura que ganhou a representação política da juventude brasileira no governo Lula, assim como o reconhecimento de todas as forças políticas da importância e da necessidade de considerar a juventude como sujeito de políticas públicas de Estado.
Doravante, não estará sujeita a política pública de juventude aos ditames deste ou daquele(a) gestor(a). Com a aprovação da PEC, abrem-se largas avenidas para a consecução de um Plano Decenal e de um Estatuto da Juventude. Entra na ordem do dia a realização da II Conferência Nacional da Juventude no primeiro semestre de 2011, assim como a consolidação dos órgãos gestores que tratem das questões relacionadas à juventude.
E não é a toa. Estudos demográficos apontam para um dado relevante. Essa geração comporá uma parcela imensa da população economicamente ativa que será a maior e definirá a face do desenvolvimento nacional nas próximas décadas. Quando a Câmara e o Senado aprovam a PEC da Juventude, abrem caminho à definição de políticas públicas perenes num setor que decidirá efetivamente qual o novo Brasil que teremos.
Assegurando direitos à juventude e superando a omissão do texto constitucional, o Congresso abriu larga avenida à consolidação de direitos que só se insinuaram nesses oito anos de mudanças e continuidades. Direitos que se refletirão sobre o conjunto da população brasileira.
Assim, o parlamento respondeu ativamente à pressão feita pelo Conselho Nacional de Juventude, que reúne um retrato fiel e qualificado da juventude nacional. Esse coletivo mobilizou a Câmara e o Senado, mas a sua representação fez muito mais, numa trilha que uniu governo e oposição e acabou por afirmar políticas públicas como o PROUNI, o PROJOVEM, os Pontos de Cultura e o Segundo Tempo, além da expansão da educação superior e profissional. Ressaltou sucessão geracional no movimento sindical e no campo, construiu políticas de assistência estudantil enfatizou a importância das mulheres, dos negros e indígenas, dos trabalhadores e estudantes, das pessoas com deficiência, da cultura, da juventude que luta nas periferias.
É essa a moçada que propõe um Pacto da Juventude ao debate das eleições de 2010 e que compõe um bonito mosaico de movimentos sociais - como a UNE, a UBES, a CTB, a UGT e a CUT -, as juventude políticas, as ONGs, todos os tipos de movimentos.
Foi esse lastro social contemporâneo que extravasou nos blogs, nos portais e na massiva campanha que ganhou o Twitter. Foi essa voz que se fez ouvir na Tribuna de Honra e nas galerias do Senado, é essa a razão da vitória que só anima a mocidade brasileira na luta por mais direitos, pela construção de um novo projeto nacional de desenvolvimento em que possamos ver, como diz a canção que não dá pra esquecer "os meninos e o povo no poder eu quero ver".

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CONGRESSO ESTADUAL DA UJS EM RIO CLARO É O MAIOR DA HISTORIA!


 
Entre os dias 28,29 e 30 de maio, a UJS -SP realizou seu maior congresso estadual na cidade de Rio Claro.
Com o tema: "A cidade Azul vai ficar vermelha", os 700 jovens socialistas quebraram o paradigma de que a sociedade rioclarense deve ser conservadora, e conseguiram envolver UJS e CIDADÃOS num delicioso e importante evento da Juventude. No dia 28, as bancadas de diversas cidades do estado de São Paulo chegaram ao alojamento na madrugada - ESCOLA VICTORINO MACHADO, e no dia 29, iniciaram suas atividades, como: debates, palestras, diversidades esportivas e culturais, saude, segurança, entre outros temas envolvendo a juventude. No dia 30, aconteceu o ato politico, que marcou o encerramento do congresso, trazendo ilustres presenças, como: O vereador de São Paulo Netinho de Paula- PCdoB e candidato ao Senado, o deputado Pedro Bigardi, Marcelo Gavião- Presidente Nacional da UJS, Yan evanovich- Presidente da UBES, Augusto Chagas- Presidente da UNE, Gustavo Petta- Ex secretario de esportes de campinas e atual candidato da UJS à deputado Federal, dentre outros. O congresso aconteceu no Parque Lago Azul, realçando o patrimonio histórico da nossa cidade, e valorizando a natureza, o que encantou todos os jovens congressistas, principalmente os que não possuem tanto contato com a natureza em suas cidades.Para o Biênio 2010-2012, a UJS-SP elegeu Thiago Andrade como seu presidente, e no nosso município, elegemos a ex presidente da União Municipal dos Estudantes Secudaristas-UMES RIO CLARO; Carol Gomes. Esse com certeza, será um congresso que ficará marcado na lembrança de todos àqueles que particparam! Hasta la victoria, Siempre!
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